quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Campeonato Brasileiro - São Paulo x Náutico - quinta (9) - 20h30 - estádio do Morumbi.

O São Paulo aposta todas as suas fichas no estádio do Morumbi para, após nove rodadas, voltar a figurar no grupo das quatro melhores equipes do Campeonato Brasileiro. A equipe comandada pelo técnico Muricy Ramalho enfrenta o Náutico, em partida programada para a noite desta quinta-feira.

Para manter o embalo na competição, o treinador promete mandar um time ousado a campo. Certamente, o rival pernambucano, em situação delicada na tabela de classificação, virá retrancado, o que obrigará o Tricolor a jogar com extrema velocidade. "Em jogos como esse, ninguém pode dar mais do que dois passes na bola", afirmou Muricy Ramalho, que no entanto, mandou um recado para o torcedor.

"Que ninguém espere um jogo fácil. O Náutico tem jogadores experientes e um treinador bastante capacitado", ressaltou o treinador, que trabalhou muito a parte tática da equipe nos treinos realizados no CCT. "Em um momento como esse, que muita coisa está aberta, qualquer detalhe pode fazer a diferença. Por isso, trabalhamos muito a execução das jogadas", afirmou Muricy, que terá um time mutante em campo.

Aproveitando a versatilidade do seu elenco, Muricy definiu os titulares e vai utilizar, de acordo com o andamento da partida, determinado esquema tático. "A vantagem é conheço bem as características dos jogadores. Com isso, mudo o esquema sem ter de mudar a equipe", lembrou o treinador. Zé Luis, por exemplo, ora será zagueiro, ora será volante. Hugo se dividirá entre o meio-campo e o ataque pelo lado esquerdo.

Em relação ao jogo contra o Ipatinga, serão três novidades na escalação. Na defesa, Rodrigo levou o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão automática. Ele abriu brecha para a volta de Dagoberto, que não atuou no final de semana por estar suspenso. Além disso, o goleiro e capitão Rogério Ceni retorna ao time após se recuperar totalmente de uma contusão muscular na panturrilha direita.

"Não via a hora de voltar. É muito ruim você não poder nem treinar", disse o goleiro, que fez questão de agradecer o departamento médico e os responsáveis pelo Reffis. "Eles tiveram paciência para trabalhar comigo três períodos por dia, de manhã, de tarde e de noite."

No Náutico, o desfalque será o goleiro Eduardo, vetado pelo departamento médico. André Sangalli foi o escolhido pelo técnico Roberto Fernandes.

Ficha técnica

São Paulo: Rogério Ceni; Joilson, André Dias, Miranda e Jorge Wagner; Zé Luis, Jean, Hernanes e Hugo; Dagoberto e Borges.

Técnico: Muricy Ramalho

Náutico: André Sangalli; Titi, Adriano e Everaldo; Paulo Santos, Hamilton, Derley, Ruy, William e Alessandro; Kuki (Felipe e ou Clodoaldo)

Técnico: Roberto Fernandes

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Horário: 20h30min

Juiz: Wagner Tardelli Azevedo (SC)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

São Paulo Futebol Clube

O Tricolor do Morumbi, como conhecemos hoje, nasceu em 1935, mas a paixão de um grupo de paulistanos pelo esporte vem de antes. Mais precisamente do último ano do século XIX, em 1900, quando foi fundado o Clube Atlético Paulistano.

O Paulistano era o "bicho-papão" do início do século. Jogar contra o time de Friedenreich era um orgulho, e o time ia freqüentemente ao interior atendendo a convites. Também foi a primeira equipe a fazer uma excursão à Europa, em 1925. Contudo, o clube não aceitava que seus jogadores se profissionalizassem, e resolveu acabar com o departamento de futebol para não abandonar a Liga amadora à qual pertencia.

E o que fazer com a paixão dos sócios aficionados por futebol? O mesmo problema tinha acabado com o futebol da Associação Atlética das Palmeiras (clube alvinegro que só tem o mesmo nome dos rivais do tricolor). E em 1930, nasceu o São Paulo da Floresta, com jogadores e as cores vermelha e branca vindos do Paulistano (cracaços como Araken, Friedenreich e Waldemar de Brito), e com o branco e o negro cedido pelo A.A. Palmeiras. Da união, também veio o nome: São Paulo da Floresta. O primeiro presidente do São Paulo da Floresta foi eleito pelos sócios: o dr. Edgard de Souza.

No mesmo ano, um vice-campeonato já dava sinais da glória destinada ao clube. E na temporada seguinte, chegaria o primeiro troféu, com Nestor (Joãozinho); Clodô e Barthô; Milton, Bino e Sasse; Luizinho, Siriri (Armandinho), Fried, Araken e Junqueirinha, e Rubens Salles de técnico. E em 1933, o São Paulo da Floresta bateria o Santos por 5 x 1 na primeira partida de futebol profissional do Brasil.

Só que devido a uma pendência financeira pela compra de uma sede na rua Conselheiro Crispiniano - um palacete chamado de Trocadero - o São Paulo da Floresta se complicou com dívidas e viu-se obrigado a procurar uma fusão com o Tietê, que determinou que não se usassem cores, uniformes e vários outros símbolos do São Paulo da Floresta. E no dia da extinção oficial do clube - 14 de maio de 1935 - o amor de alguns sócios pela entidade manteve-a viva criando o nosso São Paulo de hoje. Em 4 de junho daquele ano, nascia o Clube Atlético São Paulo, que em 16 de dezembro, passaria a ser o São Paulo Futebol Clube.

Manoel do Carmo Meca foi o primeiro presidente e os outros fundadores do Mais Querido foram: Cid Mattos Viana, Francisco Pereira Carneiro, Eólo Campos, Manoel Arruda Nascimento, Izidoro Narvais Caro, Francisco Ribeiro Carril, Porphírio da Paz, Eduardo Oliveira Pirajá, Frederico A G. Menzen, Francisco Bastos, Sebastião Gouvêa, Dorival Gomes dos Santos, Deocleciano Dantas de Freitas e Carlos A. Azevedo Salles Jr.